Campinas terá uma Frente Municipal pela Qualificação dos Serviços de Urgência e Emergência, com participação da Câmara, SINDIMED (Sindicato dos Médicos de Campinas e Região), Cremesp, Secretaria de Saúde e entidades da sociedade civil. A intenção é traçar um diagnóstico da crise na saúde e propor soluções para os graves problemas encontrados na cidade. A criação da frente foi proposta nesta quinta-feira, durante o debate “Emergência não pode esperar”, organizado pelo vereador Pedro Tourinho (PT).

No encontro, a conselheira do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Silvia Helena Rondina Mateus, entregou o relatório da diligência feita no Pronto-Socorro Infantil do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti nesta semana. O relatório aponta dez irregularidades, como superlotação, atendimento e internação em locais inadequados, como corredores, equipe médica com qualificação inadequada para assistir pacientes graves.

A fiscalização do Cremesp foi realizada um dia depois de uma vistoria do SINDIMED, acompanhada pelos vereadores Pedro Tourinho e Angelo Barreto (PT)  na unidade.

Para amenizar rapidamente o problema, o mandato do vereador Pedro Tourinho se comprometeu a fazer uma indicação à prefeitura para que contrate leitos em hospitais particulares, até que ações de prazo mais longo sejam tomadas. Uma delas, é a elaboração de um plano de cargos e salários específicos para os profissionais da saúde, com o objetivo de fixá-los na rede municipal. Hoje, Campinas sofre com a falta de profissionais em diversas unidades e o processo seletivo emergencial aberto pela prefeitura não está sendo capaz de suprir a demanda.

O debate realizado na Câmara nesta quinta-feira teve a participação de Tourinho, Silvia Mateus, do coordenador de Urgência e Emergência de Campinas, José Roberto Hansen, do presidente do Sindicato dos Médicos, Casemiro Reis Junior, e da representante do Conselho Regional de Enfermagem, Geowanna Higino.