No dia 15 de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas baixou de surpresa uma resolução que restringe as possibilidades de cumprimento de jornadas de trabalho, dando como desculpa a tal implantação do ponto eletrônico, e estabelecendo um prazo de 60 dias (até 13 de fevereiro!) para que todos os trabalhadores e serviços se adequassem.
Assim, na reunião de 28/janeiro o Conselho Municipal de Saúde aprovou por grande maioria (somente os representantes da gestão votaram contra) um pedido de suspensão por pelo menos 90 dias do prazo da resolução e a abertura de debate amplo sobre o assunto, com apresentação aos usuários e trabalhadores de estudo que justificasse o engessamento das jornadas. A implantação do ponto eletrônico (inclusive sua licitação) também deve ser suspensa até debate ampliado, segundo o pedido do Conselho.
Porém, para fechar com chave de ouro essa história, no dia seguinte o secretário Cármino (que não aparece no Conselho há meses!) entrou em contradição com o que foi dito na reunião por seus próprios representantes, e anunciou à imprensa o adiamento por 30 dias “apenas para que os coordenadores possam se adequar às regras, mas não para que haja mais discussão”.
Ao contrário do que o secretário afirma, essa luta não é “apenas sindical”, e sim de todos que defendem o SUS Campinas — tanto que todos os representantes dos usuários votaram a favor da suspensão!
Precisamos nos unir e nos organizar para impedir que medidas autoritárias como essa piorem ainda mais a realidade caótica da saúde de nossa cidade!
Com o objetivo de unir e organizar essa e as demais lutas pela Saúde em nossa cidade, o Núcleo Campinas do Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo convida para sua próxima reunião aberta: