Home » Destaque, Notícias » CFM faz pressão pelo fim do Programa Mais Médicos

maismedO líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), rebateu na semana passada o manifesto divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no qual exige dos governos federal, estadual e municipal uma série de medidas, como o fim do Programa Mais Médicos e a suspensão da abertura de novos cursos de medicina no País, como condição para o que chama de “manutenção de suas atribuições constitucionais”.

“Entendo esse posicionamento como um corporativismo antidemocrático. A construção de mais escolas de medicina é justamente para que, no futuro, não precisemos contratar médicos estrangeiros”, afirmou o parlamentar, para quem as exigências são mais uma forma de tentar pressionar o governo federal diante de iniciativas, como o Mais Médicos.

CFM

No documento “Manifesto em Defesa da Saúde Brasileira”, O CFM apresenta 44 exigências aos governos municipal, estadual e federal cujo cumprimento é “condição incontornável para manter a obediência às diretrizes e aos princípios constitucionais que regulam a assistência nas redes pública, suplementar e privada.” No documento a entidade critica a eficácia do Programa Mais Médicos.

Dados do governo federal apontam o Programa Mais Médicos atende mais de 50 milhões de pessoas,   está presente em três mil municípios e pretende aumentar o quadro de médicos no Brasil para 2,5 médicos por grupo de mil habitantes. Atualmente, o índice é de 1,8, em dados gerais. Nos Estados Unidos são 2,4 médicos por mil habitantes. Na Alemanha, 3,6; no Uruguai, 3,7; e, em Cuba, são 6,4.

Desde que foi criado, o Programa Mais Médicos enfrenta resistência de parte dos profissionais de medicina. Há pouco mais de um ano, durante a chegada dos primeiros estrangeiros, médicos cubanos foram hostilizados durante manifestações organizadas pelos conselhos regionais de medicina em Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro (RJ).

De Brasília

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