Home » Destaque, Notícias » Sindicato deve levar as reclamações de médicos do SAMU para o Ministério Público do Trabalho

ambulanciaO Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campinas (SP) está com problemas na infraestrutura e déficit de médicos, segundo o sindicato que representa a categoria. Situações precárias foram flagradas por médicos que fazem as denúncias.

Em um dos casos, uma ambulância teve que parar no caminho para o hospital porque a porta não fechava. O problema foi resolvido com uma atadura, que segurou o dispositivo para o veículo seguir. Além disso, gotas de água entram pelo sistema de ventilação de alguns dos veículos e caem sobre as macas dos pacientes transportados.

Menos médicos

Um médico que não quis se identificar afirmou que o sistema funciona com menos da metade dos oito médicos necessários na escala. “Os plantões ficam muito sobrecarregados. Não tem médico, aí a gente acaba trabalhando bem mais, porque precisamos suprir a necessidade do atendimento em Campinas”, denuncia.

Uma outra médica revelou que o serviço possui seis linhas telefônicas, mas apenas três telefonistas para atender. “Não dá para atender todas as ocorrências porque tem linhas telefônicas que não conseguem ser atendidas”, disse. Além disso, ela afirma que os médicos novos que são contratados para trabalhar no Samu não recebem treinamento.
Sindicato

Segundo o órgão que representa a categoria, as denúncias são muito graves e prejudicam diretamente o atendimento à população. O diretor Francisco Mogadouro da Cunha afirmou que o sindicato vai reunir as denúncias e enviá-las para o Ministério Público do Trabalho (MPT) investigar as irregularidades.

“A Prefeitura afirma que os médicos não param no Samu e por isso tem que fazer processo seletivo sempre. Mas se eles não querem trabalhar no serviço é porque as condições de trabalho são muito ruins”, declara o diretor.

Problemas

Além da porta que precisou ser fechada com ataduras e das goteiras dentro da ambulância, o Samu ficou sem o sistema de rádio no dia 25 de fevereiro. Um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial, já que a comunicação estava desativada. Segundo os funcionários, o contato com a empresa que presta o serviço tinha acabado. Um novo contrato foi firmado no dia seguinte ao problema.

Justificativas

O coordenador do Samu de Campinas, José Roberto Hansen, admitiu a falta de médicos no serviço e afirmou que o ideal seria que a equipe fosse composta por 14 profissionais. No entanto, ele não informou quantos servidores trabalham atualmente.

Além disso, Hansen rebateu as críticas do sindicato e dos médicos sobre a precariedade nas ambulâncias. Segundo ele, quem dirige os veículos é responsável por verificar as condições de uso e, se houver algum problema, não pode ir para a rua.

Sobre ter três atendentes para seis linhas telefônicas, o coordenador afirmou que o tempo das ligações é muito curto e por isso o número de profissionais é suficiente.

Do G1 Campinas e Região

Matérias sobre o assunto divulgadas na TV

Samu trabalha com estrutura inadequada em Campinas, diz sindicato
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Coordenador do Samu, José Alberto Hansen admite falhas no serviço em Campinas
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