Home » Notícias » Assembleia com médicos de Jundiaí define proposta para negociação dos direitos trabalhistas de 16 anos atrás

No dia 29 de abril de 2019, médicos que trabalharam no Hospital São Vicente de Paula (HSVP), em Jundiaí, SP, se reuniram com dirigentes do Sindimed Campinas e Região para deliberar proposta para sanar irregularidades no pagamento dos direitos trabalhistas não aplicados durante o período de 2003 e 2008.

A assembleia, iniciada pelo presidente do sindicato, Dr. Moacyr Perche, e pela assessora jurídica, Dra. Vanessa da Silveira, contou com um breve relato da evolução do processo judicial, que tramita desde 2008, quando o Sindimed entrou com ação coletiva em face do Hospital (processo nº 0163800-93.2008.5.15.0096 em trâmite na 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí), tendo sido a instituição condenada ao pagamento das verbas trabalhistas a 78 médicos mencionados no processo.

Após recurso do Hospital, o processo foi julgado pelo TRT que manteve a condenação. A soma total da sentença foi estipulada em R$ 5.407.634,00, subdividido no valor principal de R$ 2.191.000,00; multa de R$ 20.634,00; honorários de R$ 702.000,00 e juros no valor de R$ 2.494.000,00. O valor devido a cada profissional varia de R$ 1.500,00 a R$ 500.000,00.

Na reunião, foi apontado que um número considerável de médicos que trabalharam naquele período não estavam listados no processo,  sendo muitos desses médicos funcionários da instituição desde a década de 80 e 90, e até hoje colaboradores no hospital.

Independente do motivo, o Sindimed orienta a todos os médicos que trabalharam, ou que conheçam colegas que prestaram serviço ao Hospital São Vicente de Paula entre os anos de 2003 e 2008, a encaminhar para o e-mail vanessa@sindimed.org.br documentação comprobatória da relação trabalhista referente ao período (carteira de trabalho, holerite, contrato, etc) para que sejam avaliados os motivos dessa diferenciação.

Sobre a proposta de pagamento apresentada pela administração do HSVP, a categoria presente refutou por unanimidade, e foram elencados argumentos sobre a oportunidade do coletivo fazer um novo acordo, considerando que todos conhecem a realidade atual da instituição e o interesse é que o hospital não seja prejudicado pela irresponsabilidade e incompetência administrativa do passado. A partir disso, foi apresentada uma nova proposta, mantendo 100% do valor principal e manutenção da multa, porém, como mostra da boa-fé coletiva, recalcular os juros utilizando a taxa IGPM, além da redução dos honorários, totalizando R$ 4.211.634,00 a serem pagas em parcelas condizentes com a capacidade do hospital de honrar o compromisso.

Esse valor deve ser corrigido a cada doze meses com base na taxa IGPM, e obedecerá a distribuição, a ser definida pelo sindicato, assim que as bases do acordo forem aceitas.

A proposta foi votada e aceita por unanimidade, e segue para avaliação da administração.

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