Os médicos do Hospital Ouro Verde, em Campinas, enviaram nesta terça-feira (24) uma nova denúncia ao CRM (Conselho Regional de Medicina) e MPE (Ministério Público Estadual), reiterando a necessidade de que medidas urgentes protetivas aos pacientes, equipe médica e enfermagem do hospital sejam tomadas.

Segundo documento, os profissionais apontam uma total desassistência para a realização de exames de sangue, chegando a demorar de 8 a 15 horas para liberar os resultados laboratoriais. Esse caso vem sendo denunciado pelos médicos desde o dia 17 de abril e até o momento nenhuma medida eficaz foi adotada, colocando em risco o atendimento dos pacientes que chegam ao Pronto Socorro e necessitam de exames.

Os médicos relatam que há pacientes em estado grave na sala vermelha aguardando exames importantes, e no momento só estão sendo realizados exames de urina 1, sódio, potássio, gasometria, troponina e glicemia.

“No último dia 10 de abril um contrato de mais de R$ 3 milhões foi firmado entre a Prefeitura e a empresa CientíficaLab, para fornecimento de serviços laboratoriais de análise clínicas ao Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi por um período de 6 meses, contudo até o momento o que se vê é uma completa desassistência por parte das gestões responsáveis”, afirmou a nota.

INVESTIGAÇÃO 

No dia 2 de março, o MPE abriu um inquérito civil sobre o Hospital Ouro Verde e os problemas de estrutura e falta de insumos básicos. A investigação é da promotora do patrimônio público, Cristiane Hillal. Ela se baseou em relatórios do Cremesp que apontam má qualidade de atendimento e falta de medicamente, além da pouca transparência na gestão da unidade.

Fonte: A Cidade ON