Home » Notícias » Greve dos médicos do Ouro Verde teve início hoje

greve 23_10_17_3Após votação unânime realizada hoje pela manhã, os médicos do Hospital Ouro Verde de Campinas entraram em greve por tempo indeterminado.

A categoria reivindica o acerto imediato das verbas trabalhistas, como os salários dos profissionais terceirizados que estão em atraso desde dezembro do ano passo, tendo alguns que não recebem desde agosto de 2017, além da regularização do FGTS e das verbas previdenciárias que não são recolhidas aos médicos celetistas desde 2016. Além disso, a categoria também exige o compromisso da Prefeitura de Campinas em recuperar e manter o fornecimento de insumos, garantindo assim a segurança dos trabalhadores e da população. Há tempos os funcionários vêm reclamando das condições precárias de trabalho, com falta de insumos básicos, como gazes, dipirona, solução aquosa, detergente para higienização nos centros cirúrgicos, sacos de lixos, entre outros, sem contar com a falta de equipamentos para avaliação e diagnóstico do paciente, como ressonância, doppler e tomografia. Sem tais condições mínimas, não há possibilidade de internar e tratar os pacientes que procuram a instituição.

Os médicos também solicitam a abertura imediata de negociação entre a administração municipal e os sindicatos que defendem os funcionários – Sindimed, SinSaúde e Sindicato dos Enfermeiros – todos prejudicados com essa demissão coletiva já anunciada.

Outra reivindicação é a garantia de que os funcionários hoje contratados pela OS Vitale Saúde, que quiserem permanecer no Hospital Ouro Verde, sejam absorvidos pela nova administração. Os médicos também repudiaram o projeto da Rede Mário Gatti da forma como está sendo apresentado, e pedem a imediata suspensão da tramitação na Câmara dos Vereadores, marcada para ser votada no próximo dia 28, até que todos os pontos sejam esclarecidos e debatidos com os trabalhadores, a população e os conselhos municipais e locais.

Para que a população seja o mínimo possível impactada, será mantido um médico em cada setor do hospital, que dará continuidade aos atendimentos de pacientes já internados. Casos avaliados como urgência e emergência receberão 100% de assistência. Já os casos menos graves que chegarem ao pronto socorro serão encaminhados a outras unidades de saúde.

Uma nova assembleia está marcada para a próxima terça-feira, dia 27 de fevereiro.

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