Os médicos do Hospital Ouro Verde, em Campinas, vão se reunir em assembleia geral nesta sexta-feira, 27/10, a partir das 9h, para decidir se vão continuar em greve. A assembleia acontece um dia após a reunião no Ministério Público do Trabalho, em que estiveram presentes membros do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed), Prefeitura de Campinas e Vitale Saúde, Organização Social que administra a unidade de saúde.

“Ficou definido que a Vitale iria entregar ao Sindimed uma planilha, discriminando onde vai aplicar a verba a ser liberada pela prefeitura, e se comprometendo a honrar com o pagamento dos fornecedores e dos salários dos médicos. A partir disso, será realizada a assembleia para definir os próximos passos”, explica Casemiro Reis, presidente do Sindimed Campinas.

A greve teve início na última segunda-feira, 23/10. Entre as principais reclamações dos médicos estão a falta de condições mínimas para o atendimento à população e o atraso nos salários de até quatro meses. Durante o período de paralisação, apenas foram mantidos os procedimentos e cirurgias de urgência e emergência.

“A greve foi o último recurso que utilizamos para cobrar das autoridades uma solução quanto ao estado de calamidade pública que se encontra o hospital. O único compromisso dos médicos é o de garantir o atendimento aos pacientes de forma segura e eficiente, situação que não vem sendo alcançada no Ouro Verde por falta de insumos básicos como medicamentos e ferramentas de trabalho”, destaca Casemiro.

Segundo os médicos, cerca de 60% das cirurgias eletivas já vinham sendo canceladas no hospital por falta materiais ou medicamentos.