Home » Notícias » Greve dos residentes do Hospital Ouro Verde é suspensa

64043008-583b-46d5-b1c2-33754d4fd385Os cerca de 80 residentes do Hospital Ouro Verde, em Campinas, decidiram suspender a greve após assembleia realizada nesta tarde na unidade de saúde. Durante a manhã desta quarta-feira, 28 de setembro, o grupo realizou um ato em frente à Prefeitura de Campinas em protesto ao descaso em que o hospital se encontra e à falta de supervisão.

Na ocasião, o secretário de saúde de Campinas, Carmino de Souza, se reuniu com a comissão que representa os residentes para discutir a pauta de reivindicações. Os médicos saíram do encontro já com uma reunião agendada para o dia 17 de outubro, quando estarão presentes representantes da prefeitura, Vitale, COREME (Comissão de Residência Médica) e do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed).

Apesar de terem decidido suspender a greve até o dia da reunião, os residentes ressaltam que eles podem paralisar a qualquer momento, caso sejam expostos novamente a situações irregulares como a ausência de preceptores no atendimento ou no transporte de pacientes.

“A paralisação dos residentes foi essencial para chamar a atenção das autoridades e da população para o estado de calamidade pública que o Hospital Ouro Verde se encontra. Agora vamos aguardar a reunião do dia 17 para saber se a prefeitura vai mesmo atender às reivindicações dos médicos”, afirma Casemiro Reis, presidente do Sindimed.

 

Programa de residência comprometido

A principal reclamação do grupo é a falta de preceptores, que são os médicos professores, para todas as especialidades. Os que continuam trabalhando no hospital como pessoa jurídica estão sem receber há quatro meses e, portanto, desmotivados para ensinar. Na oftalmologia, por dois dias não há preceptor e o atendimento à população precisa ser suspenso. Há três meses não são realizadas cirurgias de catarata.

O Sindimed Campinas está acompanhando a grave crise que atinge um dos hospitais mais importantes de Campinas. A maioria dos médicos PJ está com os salários atrasados e sem condições de trabalho. No dia 26 de setembro, seis endoscopistas entraram em greve. Na segunda-feira da semana que vem, está prevista a paralisação dos anestesistas.

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