Home » Notícias » Greve dos médicos residentes do Hospital Ouro Verde continua por tempo indeterminado

9bb51eda82e550aa32c4b34beb9a02daOs médicos residentes do Hospital Ouro Verde, em Campinas, decidiram em assembleia geral realizada nesta tarde continuar a greve por tempo indeterminado. Amanhã, 28 de setembro, eles vão se reunir em frente à Prefeitura de Campinas, a partir das 9h, para protocolar a pauta de  reivindicações e cobrar soluções.

“Quando prestaram as provas de residência, esses médicos esperavam ter condições mínimas de aprendizado no Ouro Verde. Mas a realidade se mostrou diferente e hoje eles estão sendo privados de realizar procedimentos simples por falta de insumos ou por equipamentos quebrados”, explica Casemiro Reis, presidente do Sindicato do Médicos de Campinas e Região (Sindimed).

Cerca de 80 residentes paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira. A principal reclamação do grupo é a falta de preceptores, que são os médicos professores, para todas as especialidades. Os que continuam trabalhando no hospital como pessoa jurídica estão sem receber há quatro meses e, portanto, desmotivados para ensinar. Na oftalmologia, por dois dias não há preceptor e o atendimento à população precisa ser suspenso. Há três meses não são realizadas cirurgias de catarata.

Além disso, a faltam desde insumos básicos como gaze e papel higiênico até mesmo grampos, que são utilizados em cirurgias. O tomógrafo está quebrado há quase dois anos.

O Sindimed Campinas está acompanhando a grave crise que atinge um dos hospitais mais importantes de Campinas. A maioria dos médicos PJ está com os salários atrasados e sem condições de trabalho. No dia 26 de setembro, seis endoscopistas entraram em greve. Na segunda-feira da semana que vem, está prevista a paralisação dos anestesistas.

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