Aproximadamente 80 residentes de diferentes especialidades do Hospital Ouro Verde paralisaram o atendimento nesta quarta-feira, 27 de setembro. A principal reivindicação é o cumprimento das condições mínimas de trabalho.
“A crise financeira que o Ouro Verde vive hoje refletiu diretamente na queda da qualidade do programa de residência do hospital. Muitos preceptores, que são os médicos que ensinam os residentes, são contratados como PJ e estão sem receber há quase 4 meses. Como consequência, alguns deixam de atender, sendo substituídos, em alguns casos, por plantonistas sem qualquer experiência ou capacitação para ensinar os residentes”, explica Casemiro Reis, presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed).
A área de oftalmologia é que está com mais problemas. Os residentes reclamam que por dois dias na semana não há preceptores e, portanto, o atendimento à população é suspenso. Além disso, falta insumos básicos e medicamentos, o que dificulta ainda mais o trabalho de praticamente todos os profissionais do hospital.
Para discutir todas as dificuldades de cada especialidade e definir os rumos da greve, está marcada uma assembleia para as 14h desta quarta-feira.
