Home » Notícias, Saúde » UTI Neonatal da Maternidade inicia desbloqueio a partir desta quarta-feira

maternidade_2-2253356-1A Maternidade de Campinas (SP) informou que vai iniciar, a partir desta quarta-feira (12), o desbloqueio gradativo da UTI Neonatal, que estava fechada desde 29 de junho por conta da presença de um vírus respiratório. Os detalhes de como será o processo de reabertura serão informados pela unidade médica durante uma entrevista coletiva na manhã desta quarta. O bloqueio fez o hospital registrar queda no número de partos.

A suspensão foi para gestantes acima de 20 semanas ou a transferência de recém-nascidos externos. Um dia depois do início do bloqueio, a Maternidade realizou, os primeiros partos após de grávidas em situação de baixo risco, com mais de 37 semanas e em trabalho de parto. Durante o bloqueio das internações, a unidade continuou realizando apenas esse tipo de procedimento porque os bebês têm menos risco de ser encaminhados para a UTI.

A Maternidade mantém a informação de que as gestantes de alto risco que tinham cesáreas marcadas na Maternidade serão encaminhadas ao Hospital Celso Pierro da PUC-Campinas, ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), da Unicamp, e outros hospitais da região.

Nesta terça-feira (11), o Caism informou ao G1 que continua com todos os leitos de UTI Neonatal ocupados e a unidade também permanece fechada para nosos bebês. Na última quarta-feira (5), o Celso Pierro informou que estava com 11 dos 12 leitos de UTI neonatal ocupados e continua recebendo novos bebês.

PERDAS
A estimativa da Maternidade é que a procura no PS diminuiu em até 1/3 após a divulgação da suspensão de internações por conta do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Segundo a unidade, eram feitos pelo menos 40 partos por dia, enquanto o número caiu para sete após o problema, o que equivale a uma queda de 76%.

“Não é possível dizer um número exato de queda, mas a gente sente a diferença, principalmente na entrada no pronto-socorro, que caiu em 1/3. A gente precisou comunicar a população sobre isso porque a única maneira do vírus não se espalhar ainda mais é a prevenção”, afirmou o vice-presidente do hospital, Frederico Giovanetti

PRECAUÇÕES
Além da suspensão das internações, a maternidade tomou algumas medidas de precaução para que o vírus não seja espalhado. Entre as ações, está o treinamento dos funcionários de enfermagem que atendem os bebês, além da restrição de visitas de familiares aos recém-nascidos – exceto os pais.

“A nossa equipe está no terceiro treinamento, são medidas para conscientizar não só os enfermeiros, mas também os pais de que a gente está passando por um momento importante. Estamos também tirando todas as dúvidas para esclarecer o que tem que ser feito para evitar a contaminação desse vírus. A principal ação é a higiene”, explicou a infectologista Elisa Teixeira Mendes.

CUIDADOS
O vírus respiratório sincicial é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto, ou gotículas. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção. Inicialmente, a criança apresenta corrimento nasal (coriza), tosse leve e, em alguns casos, febre. Em até dois dias, a tosse piora e ao mesmo tempo a respiração da criança fica mais mais rápida e difícil.

Para crianças acima de 2 anos ou adultos, a infecção por VSR pode ser confundida com um resfriado, mas, em prematuros ou portadores de doenças cardíacas congênitas e displasia broncopulmonar, o vírus pode dobrar o tempo de hospitalização da criança.

Os cuidados indicados pelos médicos são: evitar ir a locais de grande circulação com bebês de até 2 anos de idade. Ter cuidado redobrado com higiene, cuidar para não tossir ou espirrar próximo das crianças, e restringir visitas a recém-bascidos, mesmo em casa.

Fonte: G1
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