Home » Notícias, Saúde » Fila para atendimento com cardiologista tem cerca de 3 mil pessoas em Americana

Hospital Municipal de Americana

Hospital Municipal de Americana

Pacientes de Americana estão esperando até três anos para conseguir atendimento de especialistas. A Câmara Municipal de Americana fez um levantamento que mostra a precariedade do setor de saúde no município, principalmente no atendimento de especialidades. As deficiências em Americana já eram alvo de ações do Ministério Público. A Prefeitura alega que há um grande déficit de médicos por conta da insatisfação com os salários oferecidos.

Pelo levantamento realizado, quase 3 mil pessoas esperam na fila para atendimento com cardiologistas. A demora para a primeira consulta é em média de 9 meses e o retorno chega a dois anos. Para atendimento com urologistas a primeira consulta demora um ano e dois meses e o retorno um ano e dois meses. Para neurologista a espera é de seis meses e o retorno um ano.

Mas há casos piores do que a média apontada pelo estudo. A cuidadora Jussara Feliciano teve uma arritmia cardíaca em 2014 e precisou ficar três dias internadas. Os exames revelaram que ela precisaria dos cuidados de um cardiologista. Ela tenta desde então uma consulta na rede municipal, mas espera há três anos sem sucesso.

A manicure Tayla de Souza precisou recorrer a um plano de saúde para conseguir atendimento ao seu filho Miguel, que teve casos de convulsão e precisava de um neuropediatra. Desde janeiro de 2016 ela tentava uma consulta, mas neste ano desistiu e teve que pagar para conseguir atendimento.

OUTRO LADO
A Prefeitura de Americana diz que está buscando parcerias para melhorar o atendimento no setor. Também procurou a Secretaria Estadual de Saúde para pedir a ampliação de repasses.

Segundo dados do próprio município, o déficit atual é de 80 médicos na atenção básica e de 150 no hospital municipal Dr. Waldemar Tebaldi. Há 35 mil consultas represadas devido à falta de profissionais. Houve grande saída de médicos por diferentes motivos, segundo a administração, entre eles salários considerados baixos e a exigência contratual de cumprimento de carga horária.
Fonte: G1 Campinas e região
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