Home » Notícias » Número de atendimentos no SUS aumenta 45% em Campinas, afirma Prefeitura

utis-lotadas-campinasOs atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas (SP) aumentaram 45% em um ano, de acordo com um levantamento da Prefeitura. O balanço apontou que, em 2015, o total de consultas foi de 1,5 milhão, enquanto no ano passado o índice passou para 2,3 milhões. Os registros correspondem aos procedimentos de urgência e emergência, atenção básica e especialidades. Atualmente, a rede pública do município passa por um período de crise, com a superlotação de UTIs e prontos socorros em hospitais da cidade.

Segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), o número de pessoas que têm plano de saúde em Campinas caiu 11% entre março de 2015 e dezembro do ano passado, o que explica o aumento de atendimentos no SUS. De acordo com o balanço, o total de moradores com assistência médica diminuiu de 663,3 mil para 589,9 mil durante o período.

O secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, afirmou que a perda do plano de saúde para parte da população do município acabou sobrecarregando o serviço público da cidade.

Situação caótica 

O Hospital de Clínicas da Unicamp (HC) decidiu manter, nesta segunda-feira (29), restrições para atendimentos nos prontos-socorros adulto e infantil, além da UTI pediátrica. Embora a superlotação tenha diminuído desde que o problema veio à tona, o prazo para a normalização é incerto.

De acordo com a unidade médica, a unidade de emergência referenciada para adultos tem 38 pacientes em macas, embora a estrutura tenha capacidade para até 28 pacientes. A quantidade chegou a 71 na quinta-feira (25), quando foram suspensas novas internações. No dia seguinte, o hospital decidiu reabrir o setor “com cautela”, apenas para casos considerados graves.

Na sexta-feira, uma mulher de 49 anos morreu no Pronto Atendimento do Santa Genebra, em Campinas (SP), após ter atendimento negado pelo HC da Unicamp, segundo o marido da vítima.

“A Unicamp nem atendeu, nem deixou a gente entrar. Por que não deram uma olhada nela? Com certeza não tinha morrido”, contou Osvaldo Spíndola Filho ao mencionar que procurou por auxílio médico na unidade de emergência referenciada, na manhã desta sexta-feira (26).

 

Reflexos

A limitação nos atendimentos do HC causou reflexos no Hospital Mário Gatti, que já havia suspendido, em abril, as cirurgias eletivas para atender crianças nas UTI pediátrica por conta de um vírus respiratório.

As UTIs e prontos-socorros do Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas, estão superlotados. A unidade garantiu, entretanto, que estão mantidos atendimentos de urgência emergência. Segundo a Prefeitura, a restrição no HC da Unicamp não gerou reflexos no Hospital Ouro Verde.

Outra unidade que está com superlotação é o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism). De acordo com o hospital, o local possui 30 leitos e está com 37 pacientes internadas. Os atendimentos continuam sendo feitos com restrição e não há previsão para normalizar.

FONTE: G1

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