Home » Notícias » Ala de queimados em Campinas está inoperante 6 meses após inauguração

1A ala de queimados na Santa Casa de Campinas (SP), inaugurada há seis meses, continua sem receber pacientes. Em entrevista ao Jornal da EPTV, o coordenador da unidade, Flávio Nadruz, associou burocracias ao atraso e frisou que os atendimentos começam ainda em junho.

“Nós nos preocupamos em entregar este centro de queimaduras 100% pronto como ele está hoje. Isso tem toda sequência legal que tivemos de seguir, inclusive trabalhando habilitação, bem como importação de equipamentos”, falou ao mencionar que parte dos itens são customizados.
A entrega era prevista inicialmente para julho de 2014, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Contudo, houve atrasos ligados, entre outros fatores, à ampliação do projeto, e também porque uma das empresas privadas que apoiou a execução dos trabalhos teve dificuldades para conseguir a liberação de verbas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Estrutura
Montada em prédio desativado no hospital, a ala terá dois andares e receberá pacientes do SUS, além de conveniados.

A princípio serão abertos 12 leitos no térreo, enquanto que a parte superior terá área administrativa, salas de fonoaudiologia e nutrição, além de espaço para teleconferências. Outros oito leitos equipados podem ser abertos.

Segundo Novaes, a expectativa é de que a ala receba ao menos 300 internações no primeiro ano de funcionamento. Ao todo, aproximadamente R$ 4 milhões foram investidos na estrutura.
Funcionamento
A ala de queimados só receberá pacientes encaminhados pela central reguladora de vagas. Para ser atendido no local, existe uma triagem que respeita um protocolo das condições do paciente no pré-atendimento. Apenas casos de queimaduras mais graves serão contemplados.

Em relação ao corpo clínico, Novaes explicou que a intenção do centro é atuar também na reinserção do paciente pós alta.

Por isso, haverá uma equipe diversificada, com oito tipos de profissionais: médico (cirurgião plástico e terapeuta intensivo), enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, serviço social, fonoaudiólogo e nutricionista.

Mudanças
Com a falta de leitos especializados nesse tipo de ferimento, Campinas encaminha parte dos pacientes à Santa Casa de Limeira (SP), a 55 quilômetros, referência para este tipo de serviço na região. De acordo com a Prefeitura, média de 75 casos com vítimas de queimaduras são registrados mensalmente, entre eles, cinco avaliados como graves pelas equipes médicas.

Fonte: EPTV Campinas/ G1 Campinas

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