Home » Notícias » Falta de medicamento para diabetes afeta pacientes de Campinas

foto ilustrativa

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Pacientes com diabetes afirmam ter dificuldades para conseguir um medicamento de alto custo há pelo menos quatro meses, em Campinas (SP). Uma ordem judicial determina a entrega, mas o governo do estado descumpre a medida.

A vendedora Giulia Anselmo Barbarini, que está no oitavo mês de gestação, precisa de insulina para evitar um pico de glicemia. No entanto, ela afirma que não está conseguindo e está preocupada com a saúde do bebê, já que nesta etapa da gravidez, ela deveria aumentar a dose. “Ninguém atende, ninguém informa”, conta.

Ela destaca também que apenas nesta quarta-feira (9) ligou 16 vezes para saber se o medicamento chegou.
“Enquanto isso minha glicemia pode baixar demais ou aumentar demais, e aí eu acabo correndo o risco de entrar em coma diabético e não ter como correr”, desabafa.

Itens necessários
O consultor de vendas Fernando Costa de Camargo conta também que não consegue o catéter para a bomba de insulina para o filho de 7 anos, porque a farmácia não tem. Os itens necessários para o tratamento da criança por mês chegam a R$ 3 mil.
“A bula recomenda o uso do catéter de três em três dias para evitar infecção. Nós estamos usando quatro, cinco e seis dias, correndo o risco de ter uma infecção também. De outubro pra cá já não tem vindo as coisas como têm que ser”, explica.

Atraso
Diante da falta, a única alternativa para os pacientes é encarar mais uma briga, procurar a Justiça de novo para pedir que essa decisão seja cumprida imediatamente. Dependendo do caso, o governo do estado pode até responder à um processo de desobediência.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde esclarece que houve atraso por parte da empresa fornecedora na entrega de alguns insumos de insulina, no entanto, a previsão é que a situação se normalize até o final desta semana.

A pasta ressaltou também que a insulina e os insumos citados na reportagem não fazem parte da lista de medicamentos definida pelo governo federal para distribuição na rede pública.

Fonte: G1 Campinas

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