A Organização Social Pró Saúde – uma das habilitadas pela Prefeitura de Campinas para a disputa pela gestão do Hospital Ouro Verde em substituição à SPDM – tem processos em seis estados, segundo levantamento feito pelo vereador Pedro Tourinho (PT). De acordo com ele, a instituição apresentou problemas graves de funcionamento em cidades de São Paulo, Paraná, Tocantins, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul.

Segundo o vereador, há registros de condenações por má gestão, suspeita de fraudes, compra de medicamento sem licitação e contratação sem processo seletivo.

Tourinho diz que uma segunda entidade habilitada – USA (União Saúde e Apoio) dificilmente poderá comprovar a sua especialização, já que sequer possui registro na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo).

O secretário de Administração, Silvio Bernardin, responsável pelo processo, reagiu com irritação. “Isso é especulação demais”, disse. “Nesta fase, as instituições precisam provar apenas que são Organizações Sociais que atuam na área de saúde. Só no chamamento é que as empresas terão de comprovar a capacidade técnica e financeira”, explicou.

O chamamento deve sair na semana que vem e a escolha em três meses. O atual contrato com a SPDM termina no dia 2 de setembro, mas no dia 31 de agosto será assinado um novo convênio por um período de até seis meses – período para fazer a transição entre uma prestadora de serviço e outra.

Hoje, a prefeitura repassa R$ 10,6 milhões por mês à SPDM. A Pró Saúde não foi localizada para comentar a denúncia.

Fonte: Metro Campinas